sábado, 2 de abril de 2011

Não tinha como eu não ser santista

Você já parou para pensar o que leva uma pessoa a torcer por este ou aquele time?
Eu, por exemplo, torço para o Santos porque cresci vendo de perto Pelé & cia em concentrações na chácara Nicolau Moran, no estádio Urbano Caldeira e na minha própria casa. Só lamento ter nascido com alguns anos de atraso e não ter aproveitado melhor esses momentos, como meus irmãos e irmãs aproveitaram.
Com cinco ou seis anos de idade, em plena tribuna de honra da Vila Belmiro, minha preocupação maior era comer o cachorro quente, tomar o refrigerante e tirar uns cochilos, que eram interrompidos a todo momento pelos gritos de gol. Enquanto eu sonhava, Zito, Mengálvio, Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe proporcionavam a privilegiados um dos maiores espetáculos da Terra. Tudo isso sempre ao lado daquele que me levava para tudo quanto era canto: meu saudoso pai.
Se ainda fosse vivo, ele completaria hoje 88 anos.
Ele se foi muito cedo, há 24 anos, deixando muita saudade.
Tinha personalidade forte e presença marcante, tanto que sonho com ele constantemente, como se ainda fizesse parte do meu dia a dia.
Lembro-me como era gostoso ouvi-lo contar as histórias e curiosidades sobre os jogos do Peixe no exterior. Resenha boa era o que não faltava.
Ele era um apaixonado que fez muito pelo Santos. Sofreu muito com o Santos. Amou muito o seu Santos.
Este vínculo precioso me fez santista. E é por estas e outras que tenho dois orgulhos que nem todos podem ter: ser alvinegro da Vila Belmiro e filho de Nestor Pacheco Júnior.












4 comentários:

  1. Linda homenagem, bróder! A propósito, daria um bom caldo cavocar a memória, pra resgatar algumas dessas inúmeras histórias de seu Nestor no mundo do futebol. Tenho uma ou outra que posso te contar.

    Marcelo

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  2. Belíssima homenagem, maninho! Quanta saudade.....
    Ana Rita

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  3. A crônica bem feita sempre começa por uma verdade absoluta: neste caso, o amor pelo seu pai.
    Parabéns pelo texto, pelo contexto e pelo que muitas outras verdades absolutas podem te trazer... De preferência, recheadas de sucesso.
    Abraços

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  4. Adorei tb!
    Gosto da idéia do Tio Marcelo de fazer um livro de memórias, seria muito legal para a gente conhecer todos os feitos do Sr. Nestor Pacheco Junior!!!
    Bjs
    Netty

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